Interceptações da PF captaram diálogos entre Antônia Lúcia e Silas Câmara Deputada Antônia Lúcia (PSC) usava telefone da Câmara dos Deputados durante campanha eleitoral (Agência Câmara) As investigações realizadas em 2010 em torno das denúncias de suposta corrupção praticada pela campanha da deputada federal Antônia Lúcia (PSC) acabaram por interceptar ligações telefônicas dela com seu esposo, o também deputado federal Silas Câmara (PSC-AM). Segundo as investigações, a então candidata utilizava um telefone da Câmara dos Deputados para manter conversas com Silas, mesmo sem ser funcionária da Casa.
A interceptação destas conversas, inclusive, foi um dos motivos que levou o juiz Marcelo Bassetto, do Tribunal Regional Eleitoral, a decidir pela anulação das ações movidas pelo Ministério Público Eleitoral.
De acordo com a decisão, “a interceptação de linha telefônica de titularidade do Congresso Nacional e à disposição de deputado federal somente pode ser decretada pelo Supremo Tribunal Federal”.
O alvo das investigações da Polícia Federal não era precisamente o deputado federal, mas ele acabou por fazer parte dos inquéritos por ter mantido diálogos com a investigada.
Um dos objetivos da PF era desvendar a origem dos mais de R$ 400 mil aprendidos em uma caixa de papelão na cidade de Boca do Acre (AM). Para a polícia, o dinheiro seria usado para financiar a campanha da empresária. À época, Antônia Lúcia declarou que se tratava de uma doação de um membro de suas igrejas.
Depois dos processos serem arquivados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre, agora o casal Câmara fica à espera de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Por conta da imunidade garantida pelo cargo, os deputados só podem ser processados após aprovação pela Casa.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da deputada mas até o momento não obteve respostas.
Fonte: agazeta.net
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