Passados alguns dias após os muitos de aflição ocasionados pela grande cheia do nosso Rio Acre, aqui em Xapuri, graças a Deus tivemos tempo para conscientizar as famílias que residem em áreas de risco a saírem de suas casas, tivemos perdas materiais, ruas interditadas com crateras, casas desabadas, praças, banheiros, roçados perdidos, muitas pontes e bueiros nas comunidades rurais, mas não tivemos perdas de vidas que é o mais importante.
Não muito longe daqui na vizinha Brasiléia e Epitaciolândia os relatos de chegaram foi de um verdadeiro estado de calamidade, casas descendo o rio, lojas, carros, carros boiando nas garagens, famílias que estavam em viagem e perderam tudo o que conquistaram a vida inteira e alguns perderam até a vida.
Aqui muitos que ficavam as margens relatam objetos que foram avistados passando levados pelas águas barrentas, madeiras lixadas e pintadas o que dava impressão a quem via que aquela madeira teria sido de uma residência desabada, assoalhos inteiros boiando rio abaixo.
No dia 24 de fevereiro dia em que o rio começou a apresentar vazante em Xapuri após alcançar a cota de 15,57m, foi encontrada essa pequena bicicleta no meio da lama e balseiros na praça São Sebastião.
Hoje dia 22 de março, além de ser dia do aniversário da nossa princesinha do Acre que completa 107º também é dia da água, ela que nos mostrou o quanto estamos no caminho da natureza e o quanto a natureza é fenomenal.
Quando tirei esta foto, a minha ideia era só fazer a relação de inocência e dor, da relação da água com uma criança, a natureza é inocente assim como uma criança que tem a idade para usar uma bicicleta deste tamanho e nós adultos conscientes ocupamos o espaço que de direito é seu.
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